sábado, 2 de dezembro de 2017

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Olá caros leitores/seguidores . Venho por este meio informar vocês de que não, não abandonei este blog que me acompanha desde o ínicio da minha jornada neste mundo da poesia . Por vários motivos, mas um deles porque ele mostra perfeitamente a minha evolução na escrita e consequentemente a alguma maturidade que fui ganhando . Porque decidi agora criar um outro blog mas no wordpress ? Pela simples razão de que quero atingir outros públicos e comunidades que talvez não consiga isso aqui no blogspot . Porém, não desistam deste blog nem deixem de acompanhar aquilo que escrevo . Acredito que mudanças e evoluções são necessárias e na verdade eu faço isto a pensar um pouco mais em vocês do que em mim . O facto, é que eu vou publicando (ainda que pouco) neste blog, também publico poemas no grupo sarcasmosironicos à qual pertenço e agora também no wordpress . Não têm desculpa para não ler os meus poemas e dizer que nunca publico nada . Ultimamente, quase em todas essas 3 fontes tem surgido poemas novos é só estarem atentos e indo seguindo .
Quero agradecer por toda a compreensão e claro, pela paciência em ler aquelas coisas lamechas que eu vou escrevendo sobre a minha vida chata . No entanto, agradeço bastante e espero que continuem por cá !

Links onde podes ler os meus poemas:
1) www.apoesiaparati.blogspot.pt
2) www.apoesiaparati.wordpress.com
3) www.sarcasmosironicos.wordpress.com

Podes também acompanhar as minhas últimas atualizações em:
1) www.instagram.com/veralmcarvalho
2) www.twitter.com/verlmoreirac
3) www.facebook.com/apoesiaparati

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Tempo e a Flor

Envelheci com o tempo
e não notei ele passar,
escapou-me momentos
que agora desejava aproveitar

Olho para o lado
e vejo uma pequena flor,
pequena só de tamanho
mas enche de alegria com a sua cor

Será que devia ter vivido
mais e de forma mais intensa?
Vejo o que foi construído
e invade-me uma saudade imensa

Apesar disso a flor continua
lá, parada com a sua cor,
Invade-me a verdade nua e crua
como eu desejava ser aquela flor...

Eu fico a debater sobre o tempo
e não reparo que ele continua a passar,
Eu tive alguns sentimentos
que eu não falei e agora não posso falar

Então o tempo é aquele
que deixa-nos o arrependimento,
eu reparo que só perdi-me nele
em vez de colecionar momentos

A gente aprende com o que erra,
não será apenas isso uma ilusão?
Porque eu vejo aqui na Terra
que quanto mais se erra, mais valor não dão

E esta flor será que já errou?
Com o passar do tempo a sua cor não mudou

Mas eu envelheci
e vi os outros a envelhecer,
Eu perdi, perdi-me, perdi-te
antes que eu pudesse perceber.


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Pra cá e pra lá

Pra cá e pra lá
Nas voltas da vida.
Eu queria estar lá e estou aqui,
Agarrei-me à escrita e escrevi,
Sonhei contigo e então perdi-me

Pra cá e pra lá
À volta de ti.
Eu queria viajar mas estou cá,
Agarrei-me ao sonho e tudo lá dá,
Deixei-te ir mas eu quero-te aqui e já

Pra cá e pra lá
A vida é um vaivém.
Eu quero ir nessa viagem numa volta infinita,
Agarrei-me a alguém que não eras tu
Chorei porque por mais que me minta eras tu
Quem eu queria brincar às cavalitas

Pra cá e pra lá
Nesta viagem da vida.
Eu ainda quero a magia que nos envolvia.
Se pudesse agarrava-me a ti todo o dia.
E todos os poemas que eu te escrevia
Retratavam tudo aquilo que sentia,
Porém eu nunca to dizia e apesar
De não demonstrar em demasia
Tu eras e és a única coisa que eu queria.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Escolhas

Eu não vou escolher uma
pessoa que não me escolheu,
que quando olhou para trás
é que percebeu que me perdeu

Amo-te em silêncio
porque não te posso ter,
escondo o que sinto
por não poder dizer

Amo-te em mistério
porque ainda somos algo a decifrar,
sempre quisemos algo sério
mas nunca pudemos nos amar

Então o que é amar?
É calar o que se sente?
É sorrir quando está a magoar,
é uma verdade que se mente

Se o que bate no peito
é algo sincero e verdadeiro,
porque arranjamos defeito
naquilo que nos torna inteiros?

Sentimos sem sentir,
falamos sem saber,
o amor fica a rir
quando eu fico a sofrer

Apontar o dedo é feio
mas apontamos mesmo assim,
corações estão cheios de vazio,
inícios estão cheios de fim

Somos exceção à regra
só o destino pode dizer,
mas vale a pena esta guerra
porque não te quero perder

Mas vou calar o que sinto
e ficar nesta guerra interna,
eu sei que assim me minto
mas nenhuma dor é eterna

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Vivo Assim

Olho para mim e não me reconheço,
penso, como tudo muda assim?
Mas a única coisa que não esqueço
é tudo o que ainda me lembra de ti

Pareço tão bem, mas ao mesmo tempo
fico naquela e bem triste,
quando reparas que aquele sentimento
foste só tu que destruíste

É então que olho à volta
percebo o que ainda não perdi,
eu faço a minha aposta
mas nunca me decidi

Tento seguir alguns passos
que não fazem parte de mim,
há sentimentos tão escassos
que sempre me levam para o fim

Não sei reinventar-me, mascarar-me
de algo que não quero ser,
mas continuo a lembrar-me
daquilo que quero tanto esquecer

Vivo assim, simplesmente,
não me deram uma cura,
em nada sou suficiente,
o que faz parte desta aventura
(a vida)

Olho para baixo e tenho medo
da queda e da altura,
mas deixa-me contar um segredo:
és tu que comandas esta aventura

Não tenhas medo dos tempos
de tempestade que virão,
não substituas pequenos momentos
pelo que te vai no coração

E se ainda não estás bem
procura o que é verdadeiro,
mas não deixes que ninguém
faça-te partido quando és inteiro

E se aquilo que estás a pensar
não for o mais correto,
foge para qualquer lugar
e fica perto de quem gostas

Arrependimento pode durar 
a tua vida inteira,
mas ainda podes mudar
e libertar-te da cegueira
(que vives)

Faz tudo aquilo que é proíbido
e sobretudo, aproveita a vida,
deixa-te levar no teu sentido
para longe de uma possível saída

Desejo alcançar a chuva que cai,
que me atormenta e faz delirar,
mas a vida é uma curva que não se sai
mesmo que estejas para enjoar

Por isso, disfruta esta viagem
em que o único preço a pagar,
é não estares só de passagem
mas sim estares para ficar
(e aproveitar)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

À Toa

Não sei se digo o que sinto
ou será melhor guardar,
eu não sei se me minto
quando penso em abandonar

Uma coisa é certa:
eu sentirei a tua falta,
mas irei à descoberta
daquilo que não me mata

Eu morro a cada dia
sem saber o que fazer,
vivo numa total ânsia
que nem consigo adormecer

Nada ajuda, nada colabora,
não sei se consigo esquecer,
mas eu já sei que é hora
de dar adeus e merecer-me

Dizem que sou louca,
que não sei o que digo,
mas eu vejo-me à toa
quando não estou contigo

No meio das minhas rimas,
nestes desabafos da alma,
eu tento não dar a mínima
mas não tenho o mundo na palma

Vivo com sonhos na cabeça
que não sei se tem sentido,
às vezes o pessoal tropeça
porque não nasceu instruído

Mas cada um tira a sua lição
cada um aprende com o que vive,
vivendo de coração,
tudo o que mereci, tive
Secalhar é por isso
que não te tive,
era só um improviso 
mas foste um vício
que eu mantive

sexta-feira, 24 de junho de 2016

"Teus olhos entristecem"

"Teus olhos entristecem
nem ouves o que digo,
dormem, sonham, esquecem
                                  não me ouves e prossigo" - Fernando Pessoa

Vou por outra estrada
à procura do que perdi,
a vida é uma escada
e alguns degraus não subi

Imagino os teus olhos
parece que ainda me lembro,
o destino separou-nos
já não só faz frio em dezembro

Aconchego-me à lembrança
é tudo o que ainda tenho,
perdi toda a confiança
e a esperança não mantenho

Durmo, sonho, tento esquecer
mas tudo me lembra de ti,
vejo os teus olhos a entristecer
por não saberes por onde segui

Eu prossegui e mudei
para me sentir melhor,
mas depois notei
que só me sentia pior

Eu gritei e chamei
mas não me ouviste,
eu chorei e calei
quando mentiste

Fui para mais longe
para não te sentir,
e percebi hoje
que estou a mentir-me

Por isso, durmo, sonho,
mas não me esqueço,
do teu sorriso risonho
de quando apareço